O levantamento iconográfico realizado pela arquiteta Lêda Paula Lopes Ferreira nos engenhos localizados no litoral norte do Estado de alagoas, é um trabalho levado a efeito com esmero e capricho inconfundíveis, e retratam a beleza e riqueza inestimável da nossa querida Alagoas – ainda província de Pernambuco dos séculos XVI a XIX – quando éramos a porção de terra mais rica da Capitania, e agregávamos os engenhos mais produtivos da época. Os Holandeses, que ali fixaram morada durante cerca de duas décadas, resistiram á expulsão até a rendição total; tendo, em represália, destruído alguns engenhos, com suas respectivas estruturas.
A casa-grande traduz a função social de estabelecimento, daquela unidade econômica e social, e representa o centro da vida da sociedade do engenho. Sua importância vem com o fortalecimento de sua função como ponto de reunião, de pensamento, de família.
Variavam, em sua aparência arquitetônica, os tipos de casas-grande: umas, de um só pavimento, espalhando-se horizontalmente; outras, de dois pavimentos. Algumas construídas aproveitando-se a parte térrea, com o porão. Sempre com janelas em todos os lados, varandas contornando a casa e sustentando os beirais, pilares vistosos. Existem outras com balaustradas de ferro ou de tijolos. O sistema construtivo mais utilizado nas casas-grandes dos senhores que eram mais abastados foi a alvenaria de tijolos; e teve sua origem no século XVI.
A implantação privilegiada da casa-grande, geralmente a cavaleiro das demais construções, permitia ao senhor de engenho um maior controle de sua propriedade e a afirmação de autoridade.
Seguem alguns dos exemplares remanescentes do litoral alagoano
Por Paulo Gomes
Fotos Lêda Paula
Fonte Revista Aplausos
Pesquisa:
Blog Belezas Alagoanas
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