sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Marechal Floriano Peixoto

Floriano Peixoto - 1881
Floriano Vieira Peixoto (Maceió, 30 de abril de 1839 — Barra Mansa, 29 de junho de 1895) foi um militar e político brasileiro. Primeiro vice-presidente e segundo presidente do Brasil, presidiu o Brasil de 23 de novembro de 1891 a 15 de novembro de 1894, no período da República Velha. Foi denominado "Marechal de Ferro"  e  "Consolidador da República".

Origem e carreira político-militar

Nascido em Ipioca, distrito da cidade de Maceió (Alagoas) numa família pobre de recursos, mas ilustre e ativa na política: seu avô materno, Inácio Accioli de Vasconcellos, foi revolucionário em 1817. Foi criado pelo padrinho e tio, coronel José Vieira de Araújo Peixoto. Floriano Vieira Peixoto foi matriculado numa escola primária em Maceió (Alagoas) e aos dezesseis anos foi para o Rio de Janeiro, matriculado no Colégio São Pedro de Alcântara.

Assentado praça em 1857, ingressou na Escola Militar em 1861. Em 1863 recebeu a patente de primeiro-tenente, seguindo sua carreira militar.
Floriano era formado em Ciências Físicas e Matemáticas.

Floriano ocupava posições inferiores no exército até a Guerra do Paraguai, quando chegou ao posto de tenente-coronel. Ingressou na política como presidente da província de Mato Grosso, passando alguns anos como ajudante-geral do exército.

No dia da proclamação da república, encarregado da segurança do ministério do Visconde de Ouro Preto, Floriano se recusou a atacar os revoltosos e assim se justificou sua insubordinação, respondendo ao Visconde de Ouro Preto:

"Sim, mas lá (no Paraguai) tínhamos em frente inimigos e aqui somos todos brasileiros!"
— Floriano Peixoto

Em seguida, aderindo ao movimento republicano, Floriano Peixoto deu voz de prisão ao chefe de governo Visconde de Ouro Preto.

Após a proclamação da república, assumiu a vice-presidência de Deodoro da Fonseca durante o Governo Provisório, sendo depois eleito vice presidente constitucional e assumiu a presidência da república em 23 de novembro de 1891, com a renúncia do marechal Deodoro.

Presidência da República

Seu governo teve grande oposição de setores conservadores, como a publicação do Manifesto dos 13 generais. O apelido ou alcunha, de "marechal de ferro" era devido à sua atuação enérgica e ditatorial, pois agiu com determinação ao debelar as sucessivas rebeliões que marcaram os primeiros anos da república do Brasil. Recebeu também o título de Consolidador da República.

Marechal Floriano Peixoto - 1891
Entre estas, a Revolta da Armada no Rio de Janeiro, chefiada pelo almirante Saldanha da Gama, e a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul, ambas com apoio estrangeiro.  A vitória de Floriano sobre essa segunda revolta gerou a ainda controversa mudança de nome da cidade de Nossa Senhora de Desterro, para Florianópolis ("Cidade Floriana") em Santa Catarina.

Em seu governo determinou a reabertura do congresso e o controle sobre o preço dos gêneros alimentícios de 1ª necessidade e os aluguéis.

Apesar da constituição versar no art. 4 novas eleições quando o presidente renunciasse antes de dois anos, Floriano permaneceu em seu cargo, alegando que a própria constituição abria uma exceção, ao determinar que a exigência só se aplicava a presidentes eleitos diretamente pelo povo, assumindo assim o papel de consolidador da República.

Entre o final de 1891 e 15 de novembro de 1894, o governo de Floriano Peixoto foi inconstitucional, pois estava a presidência da República sendo exercida pelo vice-presidente sem que tivessem acontecido novas eleições presidenciais, como exigia a constituição.

Floriano Peixoto entregou o poder em 15 de novembro de 1894 a Prudente de Morais, falecendo um ano depois, em sua fazenda.

Deixou um testamento político, no qual diz que "Consolidador da República" foram, na verdade, as diversas forças que fizeram a república.

Início da ditadura

Consta que Floriano Peixoto lançou uma ditadura de salvação nacional.

Seu governo era de orientação nacionalista e centralizadora.

Demitiu todos os governadores que apoiaram Deodoro da Fonseca.

Na chamada Segunda Revolta da Armada agiu de forma contundente vencendo-a de maneira implacável, ao contrário de Deodoro.


A segunda Revolta da Armada

Floriano Peixoto e a Revolta da Armada numa ilustração de Angelo Agostini.

Aconteceu em 1893, desta vez contra o presidente, marechal Floriano Peixoto.  Esta também foi chefiada pelo almirante Custódio de Melo, depois substituído pelo almirante Saldanha da Gama. Floriano não cedeu às ameaças; assim, o almirante ordena o bombardeio da capital brasileira. O movimento desencadeado pela marinha de guerra no Rio de Janeiro terminou em 1894, com a fuga dos revoltosos para Buenos Aires.

Marechal de Ferro

O Marechal de Ferro, em seus três anos de governo como presidente, enfrentou a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul, iniciada em fevereiro de 1893. Ao enfrentá-la, apoiou Júlio Prates de Castilhos.

O culto à personalidade de Floriano – o florianismo – foi o precursor dos demais "ismos" da política do Brasil: o getulismo, o ademarismo, o janismo, o brizolismo,o malufismo e o lulismo.

Representações na cultura

Floriano Peixoto já foi retratado como personagem no cinema e na televisão, interpretado por Cláudio Cavalcanti na minissérie "República" (1989) e Othon Bastos no filme "Policarpo Quaresma, Herói do Brasil" (1998).


Também teve sua efígie impressa nas notas de Cr$ 100 (cem cruzeiros) colocadas em circulação no Brasil entre 1970 e 1980.

A cidade de Desterro foi renomeada para fazer uma homenagem a Floriano Peixoto, virando Florianópolis.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Arapiraca



Av. Ceci Cunha, acesso a Arapiraca pela a rodovia AL 220


Arapiraca é um município localizado no estado brasileiro de Alagoas.
Principal cidade do Agreste Alagoano, com aproximadamente 210.000 
habitantes, é atualmente a segunda cidade mais populosa do estado, 
posicionando-se logo depois de sua capital, Maceió, da qual se 
distancia 123
quilômetros. Ficou conhecida, nos anos 70, como a "Capital do Fumo" 
por ser o maior produtor de tabaco do país.

História
O local começou a ser povoado na primeira metade do século
XIX. Como distrito, Arapiraca esteve subordinada,
sucessivamente, a Penedo, Porto Real do Colégio, São Brás e
Limoeiro. Foi elevado à categoria de município em 30 de
outubro de 1924, constituindo-se de territórios
desmembrados de Palmeira dos Índios, Porto Real, São Brás,
Traipu e Limoeiro.
A partir da década de 1970, por conta da grande área
plantada de fumo, que gerou um excesso do produto nas
pequenas indústrias de beneficiamento do tabaco que havia
na região, e a consequente diminuição no preço, seguiu-se
um ciclo de decadência da fumicultura. Desde os anos de
1980 experimenta um crescimento econômico com seu
comércio (com destaque para a tradicional feira livre) e
serviços. Além disso, o setor industrial do município tem
apresentado relativo crescimento nos últimos anos.

 
 
 
Geografia
Sua população é de 210.521 habitantes (estimativa 2009) e
sua área é de 351 km² (599,7 h/km²). A cidade, situada
numa ampla planície, fica a 265 metros de altitude, distando
123 quilômetros de Maceió e 44 quilômetros de Palmeira dos
Índios. O clima é considerado um dos mais saudáveis do
estado.
O mais importante município do interior alagoano,
Arapiraca destaca-se como importante centro comercial da
região agreste localizando-se no centro geográfico do estado
de Alagoas. A área de influência direta do município atinge
uma população de aproximadamente meio milhão de
habitantes.
Limita ao norte com o município de Igaci, ao sul com o
município de São Sebastião, a leste com os municípios de
Coité do Noia e Limoeiro de Anadia, a oeste com os
municípios de Lagoa da Canoa e Girau do Ponciano e Feira
Grande, a noroeste com o município de Craíbas e a sudeste
com o município de Junqueiro.

Administração
Seu prefeito atual (2004/2012) é Luciano Barbosa,
ex-ministro da Integração Nacional do governo Fernando
Henrique Cardoso. Em outubro de 2008, é reeleito com mais
de 90% dos votos válidos (68, 15% do número total de
eleitores do município) para um período de mais quatro
anos no governo do município, a partir de 1º de janeiro de
2009. Arapiraca conta com 122.423 eleitores (TSE/março
2010).

                              Vista Pacial da Praça Manoel André

Economia
A cultura do fumo teve importância fundamental para a
elevação de Arapiraca a categoria de município, uma vez que
o conhecido "ouro verde" brotava nos latifúndios das
tradicionais famílias que resolveram se estabelecer no local,
que alcançou maior desenvolvimento econômico que Anadia.
Paralelo ao desenvolvimento da cultura fumageira,
Arapiraca desenvolveu uma feira livre, às segundas-feiras,
onde comerciantes locais e de municípios vizinhos mantém
bancas onde se oferecem uma infinidade de mercadorias. A
região central do Estado de Alagoas deu destaque e 
influência ao seu comércio.
De acordo com dados do IBGE o município apresenta um PIB
de 1.308.222,00 reais (2007).
Atualmente (2008) há uma profusão de projetos no campo
da urbanização pública (moradia e vias públicas) e do
mercado imobiliário (conjuntos residenciais de casas e de
apartamentos). O campo da educação está em franco
crescimento, com duas universidades públicas, UNEAL e
UFAL, além de uma dúzia de faculdades privadas.
Neste ano (2009), Arapiraca foi considerada a cidade mais
dinâmica do estado, a 3ª da região Nordeste e a 10ª do
Brasil.

Emissoras de Rádio de Arapiraca
Emissoras de FM:
96,9 MHz - 96 FM
101,1 MHz - Gazeta FM
101,9 MHz - Pajuçara
103,3 MHz - Jovem Pan
105,3 MHz - Imprima
106,9 MHz - Educativa
Emissoras de AM:
570 kHz - Novo Nordeste

Canais de TV: Com sede em Maceió (AL)
02 - TV Alagoas - SBT
06 - TV Gazeta - Globo
09 - TV Pajuçara - Record
13 - Band
21 - TVE Alagoas - TV Brasil
25 - Canção Nova

Água Branca


Água Branca é um município brasileiro do estado de Alagoas, situado no sertão. Localiza-se a uma latitude 09º15'39" sul e a uma longitude 37º56'10" oeste, estando a uma altitude de 570 metros. É o segundo ponto mais alto de Alagoas. Sua população estimada em 2007 era de 19.316 habitantes.
Possui uma área de 456,6 km².

História

Até o século XVII o território de Água Branca fazia parte das sesmarias de Paulo Afonso (BA) que compreendiam, também, os atuais municípios de Mata Grande, Piranhas e Delmiro Gouveia, sendo uma das cidades mais antigas do Estado. Foi denominada Mata Pequena, Matinha de Água Branca, até se tornar o município de Água Branca. O nome veio de uma serra da região, rica em fontes de águas muito limpas. Sua fundação se deve a três irmãos da Família Vieira Sandes, que liderados pelo Capitão Faustino Vieira Sandes, saíram da localidade de Boacica, hoje parte dos municípios de Igreja Nova e Porto Real do Colégio (Vale do Itiúba), para desbravarem o sertão Alagoano.


Principais Pontos Turísticos

Atrativos Históricos
Água Branca tem na arquitetura antiga um de seus maiores atrativos, apreciada na Igreja Matriz, na Igrejinha do Rosário, no Centro Histórico da Praça da Matriz, na Casa do Barão de Água Branca e no calçamento da Praça Fernandes Lima, Serra do Himalaia.

Clima
Temperado
Temperatura Média
30ºC
Localização:
Sertão Alagoano

Aniversário 24 de Abril
Fundação 1875
Gentílico agua-branquense
Lema Agua é Vida
Prefeito(a)
José Rodrigues Gomes (PMDB)
(2009–2012)


Unidade federativa: Alagoas
Mesorregião: Sertão Alagoano IBGE/2008
Microrregião: Serrana do Sertão Alagoano IBGE/2008
Municípios limítrofes: 
Ao norte, Tacaratu (PE) e Mata Grande.
Ao sul: com Delmiro Gouveia e Olho d'Água do Casado 
A leste com Inhapi e Olho d'Água do Casado e a oeste com Pariconha.
Distância até a capital 304 km